A maior dificuldade não costuma ser parar, mas manter a abstinência. Basta um cigarro “por brincadeira” para que o cérebro volte a ativar os mesmos circuitos de prazer — e o vício regressa rapidamente. Por isso, o acompanhamento médico e o apoio continuado são fundamentais.
Todos os anos, a 17 de novembro, assinala-se o Dia do Não Fumador — um momento para refletirmos sobre os riscos do tabaco, mas também sobre a esperança real de uma vida sem fumo.
Enquanto médica de família, tenho acompanhado muitos fumadores em consulta de cessação tabágica. É comovente ver como, mesmo depois de anos de dependência, é possível deixar de fumar com sucesso. O segredo não está apenas na força de vontade. Esta é importante, mas não é condição necessária para começar. Hoje sabemos, com base em evidência científica robusta, que iniciar tratamento antes de surgir a convicção plena de conseguir parar pode ser o passo decisivo. Ou seja, um fumador que ainda duvida de si, mas aceita começar a medicação, tem muitas vezes mais hipóteses de sucesso do que aquele que espera “estar pronto”.
Existem duas principais modalidades terapêuticas: a substituição de nicotina e a medicação que reduz a vontade de fumar.
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