“O futuro da saúde não será definido apenas pelas inovações que nos propusemos criar; será igualmente moldado pela forma como respondemos – e antecipamos – aos desafios e consequências de cada grande avanço”. Foi com estas palavras que a Reitora da Universidade Católica Portuguesa, Isabel Capeloa Gil, deu início ao Encontro Nacional do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde, (CIIS), que decorreu de 31 de março a dia 1 de abril na Faculdade de Medicina da UCP.
Neste encontro nacional, que reuniu mais de cem investigadores, de todas as plataformas e disciplinas do CIIS, a Reitora referiu que “a Universidade estabeleceu uma série de objetivos quantitativos bastante exigentes para a produção e financiamento da investigação”, salientando a importância do CIIS “para intercalar e reforçar a inovação, ao mesmo tempo que impulsiona, não apenas a inovação incremental, mas também a inovação disruptiva.”
Já Paulo Bettencourt, vice-diretor do CIIS, destacou a importância da interdisciplinaridade, tema do encontro, para explicar a metodologia escolhida: “em vez de agrupar os investigadores por plataforma ou disciplinas, foi decidido criar três sessões de trabalho inclusivas: Translation Care; Clinical Care and Community Care.”
Uma oportunidade, segundo o chair do encontro, para “descobrir as mais recentes realizações científicas de outros colegas, iniciar novas colaborações e planear grandes projetos para o futuro, tendo em mente o objetivo principal de melhorar os cuidados de saúde com uma visão interdisciplinar, para melhorar ao máximo a qualidade de vida, com a humanidade e a espiritualidade, no centro de todas as missões científicas.”
“Estamos a caminhar nos ombros de um gigante e somos afortunados por estar numa instituição que olha para lá do horizonte e aspira sempre mais”, referiu também na sessão de abertura do encontro, António Medina de Almeida.
O Diretor da Faculdade de Medicina da UCP acrescentou que a “Católica Medical School é um projeto colaborativo, com o objetivo de promover a qualidade e a integração do ensino, da investigação e dos cuidados médicos, através de uma estreita colaboração e otimização dos recursos dos seus membros.”
Sob o tema “Challenges and Opportunities For Universities in the 21st Century, -Strategy for Health Research“, falou Tomáš Zima, professor da Charles University, em Praga.
O orador convidado referiu que “as universidades têm de se adaptar e ser competitivas e podem contribuir para soluções, numa Era dinâmica, instável e imprevisível.”
“Apesar das mudanças, os princípios tradicionais fundamentais precisam de ser preservados e seguidos, como é o caso da: Liberdade de investigação e atividade educativa, bem como a integridade, autonomia e independência”, disse Tomáš Zima.
As universidades têm impacto no bem-estar da sociedade e são a força motriz para mudanças no sentido de uma melhor situação económica, social e ambiental”, concluiu.
As comunicações, talks e posters, apresentadas durante este encontro, vão ser publicadas numa revista internacional, indexada à Scopus.